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Classificação dos Solos Segundo Robertson

Na classificação dos solos segundo Robertson (1986 ou 2010) não é necessário inserir parâmetros dos solos, uma vez que o programa executa este passo automaticamente, com a sua atribuição ao perfil geológico. Por esta razão, a avaliação do CPT realizado é muito rápida e especialmente clara.

A classificação dos solos segundo Robertson (1986 ou 2010) baseia-se nos valores obtidos para a resistência à penetração qc [MPa], atrito superficial local fs [kPa] e pressão nos poros u2 [kPa]. Com base no valor corrigido da resistência de cone qt = qc + u2 * (1 - a), ou do rácio de percentagem qc /pa e rácio de atrito Rf = fs /qt, o programa executa automaticamente a atribuição do tipo de comportamento do solo (SBT) de acordo com o gráfico seguinte. pa - pressão atmosférica = 100 kPa (= 1 tsf).

Gráfico do Tipo de Comportamento do Solo (SBT) para CPT não normalizados segundo Robertson, 1986 (fonte: Robertson et al., 1986)

Classificação dos solos segundo Robertson, 1986 (fonte: Robertson et al., 1986)

Zona

Tipo de Comportamento do Solo (SBT)

1

Graduação fina sensível

2

Material Orgânico

3

Argila

4

Argila siltosa a argila

5

Silte argiloso a argila siltosa

6

Silte arenoso a silte argiloso

7

Areia siltosa a silte arenoso

8

Areia a areia siltosa

9

Areia

10

Areia grossa a areia

11

Muito rígido com graduação fina *

12

Areia a areia argilosa *

* Solo sobreconsolidado ou cimentado

Gráfico do Tipo de Comportamento do Solo (SBT) para CPT não normalizados segundo Robertson, 2010 (fonte: [6], Figure 21, pp. 26)

Classificação dos solos segundo Robertson, 2010 (fonte: [6], Figure 21, pp. 26)

Zona

Tipo de Comportamento do Solo (SBT)

1

Sensível, graduação fina

2

Solos orgânicos - argila

3

Argila - argila siltosa a argila

4

Misturas de silte - silte argiloso a argila siltosa

5

Misturas de areia - areia siltosa a silte arenoso

6

Areias - areia limpa a areia siltosa

7

Areia grossa a areia densa

8

Areia muito rígida a areia argilosa *

9

Muito rígido com graduação fina *

* Extremamente sobreconsolidade ou cimentado

A nova classificação de solos segundo Robertson (2010) contém um número menor de classes de solos em relação à classificação de solos original de 1986. No entanto, a classificação de solos de acordo com Robertson (2010) é mais exata e mais utilizada.

Se a opção "calcular" for selecionada para o peso volúmico do solo, na janela "Classificação do solo", o peso volúmico do solo γ [kN/m3] é determinado através da fórmula seguinte:

onde:

γw

-

peso volúmico da água (≈10) [kN/m3]

pa

-

pressão atmosférica (≈100) [kPa]

onde:

Rf

-

rácio de atrito entre o atrito superficial e resistência de cone

Peso volúmico adimensional do solo γ/γw baseado em CPTs (fonte: [6], Figure 28, pp. 36)

A introdução da espessura das camadas do solo influencia a espessura mínima da camada do iésimo solo. No caso de zero camadas de solo, estão atribuídas todas as camadas de solo com base na classificação segundo Robertson (1986 ou 2010), no perfil geológico.

Ao introduzir uma espessura mínima da camada diferente de zero, o número de camadas do solo é reduzido no perfil geológico. O perfil e o número de camadas de solo afetam a capacidade de suporte vertical e o assentamento de estacas ou de sapatas de fundação, analisados por CPT.

Bibliografia:

[1] EN ISO 22476-1: Geotechnical investigation and testing - Field testing. Part 1: Electrical cone and piezocone penetration test, 2013.

[2] EN ISO 22476-12: Geotechnical investigation and testing - Field testing. Part 12: Mechanical cone penetration test (CPTM), 2009.

[3] Robertson, P. K.: Interpretation of Cone Penetration Tests – a unified approach. Canadian Geotechnical Journal, 2009, No. 46, pp. 1337 – 1355.

[4] Robertson, P. K. and Cabal, K. L.: Guide to Cone Penetration Testing for Geotechnical Engineering. Gregg Drilling & Testing, Inc., USA, 6th edition, 2014, 133 p.

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